quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids)



Comédia é, em alguns aspectos, o gênero mais difícil que existe. Sustos, é fácil provocar. Drama, as pessoas geralmente ficam comovidas pelas mesmas coisas. Romance, se você colocar diálogos inteligentes e personagens cativantes, dá pra seduzir até o mais pedante dos críticos. Mas risadas? As pessoas riem de coisas tão diferentes. O público americano parece gostar cada vez mais de humor de banheiro (aquele que envolve peidos, merda e coisas do tipo); eu abomino. Os ingleses amam humor negro, mas nem todo mundo curte. E por aí vai. Eu gargalhei em Saló, e praticamente não dei risada em Se Beber, Não Case.

Ver um filme como Missão Madrinha de Casamento, pra mim, é realmente um evento. São 125 minutos que passam super rápido, e abarrotados de risadas. Risadas não, gargalhadas. Em determinadas sequências eu tive que colocar a mão na boca pra não ter um ataque histérico. Tudo isso aliado a atuações incríveis e a um roteiro que, nas partes mais dramáticas, também convence (e às vezes te faz gargalhar no meio de um diálogo sério).

O filme não inventa nada de novo em relação às comédias/comédias românticas. A protagonista, Annie (Kristen Wiig), é daquelas que existem aos montes por aí: loser, com a vida dando errado, namorado escroto (mas geralmente os filmes assim são protagonizados por homens). Só que o filme não fica mostrando Annie como uma fofa coitadinha e azarada. Ela é egoísta e desiste fácil. À medida que a história vai passando, uma coisa fica clara: a vida de Annie é assim porque, de certa forma, ela merece.



Mas eu estou falando do filme como se ele fosse um drama! E não é. A partir do momento em que Annie é convidada para ser a madrinha de Lillian (Maya Rudolph), é difícil ficar com os músculos da cara descansados. A turma de damas de honra é sensacional - todas com suas características divertidas, como a mãe que abomina os filhos e a gordinha que é cheia de autoconfiança e malemolência agressiva. Mesmo a "inimiga" de Annie, a toda-perfeitinha-e-sorriso-de-Cleycianne Helen (Rose Byrne), é hilária com suas roupas over, sorriso que nunca sai do rosto e "how cute!" pra cá, "how cute!" pra lá.

Uma das melhores coisas de Missão Madrinha de Casamento é que o filme consegue colocar as personagens em situações humilhantes sem constranger o espectador. Temos até - O HORROR! - uma sequência envolvendo fluidos corporais. Mas a reação não é "que nojo!", ou "que desnecessário!"; e sim, "MEU DEUS!", "Como eles tiveram a coragem de mostrar algo tão absurdo e conseguiram com que fosse engraçado?". Porque é. A imagem de Maya Rudolph no meio da rua de vestido de noiva nunca mais vai sair da minha cabeça.



Mas o maior tesouro do filme é mesmo Kristen Wiig. Ela é um presente do Olimpo da comédia. Conheço pouco do que ela fez em Saturday Night Live, mas duvido que ela esteja melhor do que está aqui. Sua Annie é uma mulher totalmente tridimensional, crível, e MUITO engraçada. Acho humanamente impossível não rir da sequência do avião, que atinge níveis de histeria. Ou da sequência em que ela tenha chamar a atenção de um policial. Se o Oscar não tivesse tanto preconceito com atuações cômicas, Kristen mereceria fácil uma indicação. E até sei qual seria o clipe que a Academia deveria passar quando o nome dela fosse anunciado: a cena em que ela é desafiada por Helen dentro da loja de vestidos de noiva. É um prodígio de comicidade.

Por falar em Helen, Rose Byrne tem aqui seu melhor momento no cinema. A moça, que já tinha aparecido este ano no melhor filme de terror de 2011 (Sobrenatural), agora dá as caras na melhor comédia do ano. Do ano, dos últimos anos. Comédia que não é perfeita (eu poderia passar facilmente sem os roommates de Annie), mas que tem tanto humor e carinho pelos seus personagens que suplanta todos os defeitos.

E isso porque eu não falei de Rhodes. Ai, Rhodes. *suspiro*

domingo, 25 de setembro de 2011

Três parágrafos temáticos para Cowboys & Aliens



- Um parágrafo para o filme em si:

A ideia, toda resumida no título, é muito boa. Misturar faroeste com ficção científica: genial! Mas o filme nunca atinge o ponto do êxtase, aquela sensação de prazer infantil que os melhores filmes de aventura provocam. É muito bem feito, bem atuado (com uma notória exceção, que merece um parágrafo à parte), os efeitos especiais são ótimos e os aliens são excelentes. Mas, mesmo com o talento do diretor Jon Favreau (dos filmes Homem de Ferro), o filme fica no meio do caminho. Em compensação, o número de cenas em que um personagem-é-atingido-e-fala-uma-bela-frase-antes-de-morrer dá pra encher uns seis filmes.

- Um parágrafo para Daniel Craig:

Sorte de Cowboys & Aliens que o protagonista é Daniel Craig. Aquela cara toda talhada cai como uma luva para seu personagem - cowboy solitário, misterioso, apontado como ladrão. O ator tem carisma, a beleza rude adequada ao papel e um derrière que, além de me distrair em vários momentos, pra mim é o melhor efeito especial do filme. Um brinde a Daniel Craig!

- Um parágrafo para Olivia Wilde:

Olivia prova duas coisas no filme: que é uma das atrizes mais sem carisma da atualidade, e que é dona de uma das maiores testas de Hollywood. Caramba! A mulher passeia pra lá e pra cá com uma cara absolutamente vazia. E aquela testa toda lá, dominando tudo. E o que dizer do cabelo incrivelmente sedoso? No velho oeste? E a maquiagem perfeita, mesmo depois que ela cai num rio? Deu vontade de escrever na testa gigante dela: I CAN'T. É isso.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Medianeras



Quando A Rede Social estreou nos EUA, o critico da Rolling Stone americana, Peter Travers, escreveu uma resenha definindo a obra como "o filme de uma geração". Fico meio por entender a frase - já que A Rede Social não aborda, na prática, o efeito que as redes sociais tiveram em nossas vidas (e esse é justamente um dos diferenciais do filme de David Fincher).

Medianeras está longe de ser o filme de uma geração, mas sei que muita gente vai se identificar com Martín e Mariana, os vizinhos-que-não-se-conhecem e que passam a maior parte do tempo online. Aqui, sim, estamos falando dos efeitos práticos do excesso de vida online na vida real. Mas um dos maiores méritos do diretor Gustavo Taretto é não cair no clichê da nostalgia dos tempos antigos: "Ah, a internet isolou todos nós. Que vida triste a nossa. Que saudade dos contatos ao vivo!". Non. O filme simplesmente mostra a vida da geração atual como é. Ou melhor, mostra a vida de duas pessoas dessa geração atual. Nem todo mundo precisa se incluir nesse retrato.

O filme tem um ar melancólico sim, mas não é pesado em momento algum. O que mais sufoca é a profusão de apartamentos em Buenos Aires. Tantas quitinetes, tão poucas janelas! Medianeras explora muito bem os espaços urbanos: as fachadas dos prédios, as plantas que insistem em crescer nas rachaduras, as próprias "medianeras" em si (aquela parede "desperdiçada" que cada edifício tem). É um paraíso para os arquitetos - uma espécie de "Manhattan" do hemisfério sul. Não é à toa que o próprio filme de Woody Allen dá as caras em uma cena.



É um prazer ver um filme com tantas soluções visuais bacanas. As vitrines montadas por Mariana são um show à parte. De certa forma o filme me lembrou Cashback, na maneira como um espaço urbano limitado é palco para uma torrente de criatividade. E se pelo trailer Medianeras parecia ser somente um monte de cenas visualmente bonitas, o longa como um todo casa muito bem imagens, narração em off e diálogos.

No fim das contas é mais um filme no estilo "eles foram feitos pra ficar juntos". Mas a aproximação dos dois não parece forçada, ao contrário de tantos filmes por aí. Com uma última cena que não tem diálogo algum, Medianeras termina mostrando como as coisas da vida são: olhos nos olhos, um sorriso aqui, um sorriso ali em resposta. A vida virtual está aí pra ajudar a gente a ter isso, e não pra substituir. Gustavo Taretto é esperto e sabe disso.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cinco filmes que quero muito ver

Os filmes listados abaixo estão para estrear ou acabaram de estrear nos Estados Unidos. No geral são filmes mais alternativos, embora Drive, por exemplo, tenha tido um lançamento grande lá fora. De qualquer forma, são cinco obras que me deixam bastante curioso. Seja pelo elenco, seja pelo diretor, seja por uma junção de fatores.


Your Sister's Sister
Por quê? O filme anterior da diretora Lynn Shelton, Humpday, tem uma premissa absurda: dois amigos heteros decidem, numa noite de bebedeira, fazer um filme pornô gay. Com eles mesmos atuando. O resultado é um filme surpreendentemente honesto e comovente sobre relacionamentos, amizade, e o que fazemos com a nossa vida. Agora a diretora mistura duas irmãs (Emily Blunt e Rosemarie DeWitt), uma delas lésbica, e o cunhado de uma delas, que acaba tendo um caso com... a lésbica. As críticas do Festival de Toronto aplaudiram os diálogos, em sua maioria improvisados pela diretora e pelos atores. E além da sempre ótima Emily Blunt, tem Rosemarie DeWitt, que me seduziu por completo em O Casamento de Rachel (além de ter uma participação marcante em Mad Men). Tô na fila já (do cinema ou do torrent, já que provavelmente esse filme nunca passará nos cinemas brasileiros).

The Guard
Por quê? O diretor, John Michael McDonagh, é irmão de Martin McDonagh - responsável pelo hilário e surpreendente Na Mira do Chefe (In Bruges). Esse The Guard, pelo que eu li, parece compartilhar um humor negro similar. Além disso, temos Brendan Gleeson - aquele tipo de ator que é sempre excelente no que faz, e nunca é o protagonista - no papel principal, acompanhado do super confiável Don Cheadle. Como se não bastasse, esse foi o único filme a ganhar cinco estrelas numa edição recente da Empire (revista inglesa de cinema, e pra mim a melhor da atualidade).


Drive
Por quê? De acordo com a maior parte da humanidade que já viu, este é "o filme cool do ano". Cool no melhor dos sentidos, claro. Aparentemente o diretor Nicolas Winding Refn recriou todo aquele clima de adoração de carros dos anos 80, criou para Ryan Gosling uma espécie de super-herói da vida real e temperou a obra com várias explosões espetaculares de violência. Adicione a isso duas musas (Carey Mulligan e Christina Hendricks), um prêmio de melhor direção em Cannes e demonstrações explícitas de carinho entre diretor e astro e pronto: estou super ansioso. Sobre o que é o filme? Não sei direito, e estou achando divertido não saber! Sei apenas que Gosling faz um dublê de cenas de perseguição de carros. Não parece o tipo de filme pelo qual Tarantino baba loucamente?

Shame
Por quê? O tema me atrai, e muito: compulsão sexual. Michael Fassbender (excelente como Magneto no mais recente X-Men) acaba de ganhar um prêmio de Melhor Ator em Veneza pela sua performance. Carey Mulligan (de novo) faz sua irmã, que aparece do nada para morar com ele. Um dos meus sites de cinema favoritos, o Rope of Silicon, disse que o filme deixa o espectador em pedaços. Ele chega a dizer que Mulligan está melhor ainda do que em Educação. Deve ser aquele tipo de filme forte demais pra Academia, mas que figura em qualquer lista respeitável de melhores do ano.


50/50
Por quê? Em primeiro lugar e antes de tudo: Joseph Gordon-Levitt. Ele é dos poucos atores da atualidade em quem confio totalmente. Vejo qualquer coisa que ele fizer. Mesmo G.I. Joe (que ele ainda defende em entrevistas, dizendo que adorou fazer) eu achei bem divertido. Joseph é fenomenal, como comprovam suas atuações em 500 Dias com Ela e Mistérios da Carne. Aqui ele faz um jovem que acaba de descobrir que tem câncer, com 50% de chance de cura (daí o título). Quem viu disse que a obra arranca tantas gargalhadas quanto lágrimas; e se tem uma coisa que a série The Big C provou é que câncer pode sim render muita comédia. O elenco de apoio conta com Seth Rogen e Anna Kendrick (que eu não curto muito), mas Joseph é Joseph. Será que finalmente sai a tão merecida indicação ao Oscar?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Melancolia (Melancholia)



Melancolia e Cisne Negro foram os únicos filmes que vi duas vezes no cinema este ano, até agora. Cisne Negro é bastante compreensível: é um filme tão cheio de detalhes, tão feérico e dinâmico, que certas coisas são mesmo captadas apenas quando visto de novo. E é filme pra ser visto na tela grande, sem sombra de dúvida. Melancolia é outra história. Não achei que fosse ver de novo na tela grande. Mas vi uma vez, os dias foram passando, e continuei pensando no filme - e percebi que a nova empreitada do Lars von Trier tem algo de hipnotizante. Ao menos pra mim.

Pode-se dizer que este é o filme mais leve do diretor. Dá até vontade de rir ao dizer isso, mas é! Está ausente aquela mão de ferro dinamarquesa, aquela manipulação certeira de sentimentos que ele costuma fazer. Talvez por isso o filme não tenha provocado tantas reações apaixonadas como um Dogville (ou mesmo como um Anticristo, sei lá). Mas me agradou ver que von Trier deixou um pouco os dramas pesados de lado, e deu um descanso na sua mania de fazer as mulheres comerem o pão que o dinamarquês amassou.

Claro, a Justine de Kirsten Dunst sofre um bocado. Mas não é pela mão dos outros. Justine sofre de depressão crônica. Ela simplesmente não tem a capacidade de ser feliz. O início do filme promete outra coisa: ela está feliz ao lado do noivo, rindo de qualquer acontecimento, os fofíssimos dentes de Kirsten Dunst enchendo a tela. Mas à medida que a cerimônia de casamento vai seguindo, fica claro que Justine não consegue ser feliz. "Eu sorrio, e sorrio, e sorrio", ela diz para a irmã Claire (Charlotte Gainsbourg). Mas não adianta. É tudo fachada. Nem um noivo nórdico como Alexander Skarsgård, nem uma festa de arromba vão dizimar a tristeza infinita dentro de Justine. E ela vai cedendo aos poucos. O vestido, o sorriso, a maquiagem, tudo vai se desfazendo, assim como a festa.



Ah! E tem o planeta Melancholia. Que vai passar pela Terra e 1) proporcionar uma visão maravilhosa pra os humanos ou 2) arrasar com a vida no planeta, dependendo de quem você perguntar. "Life on Earth is evil", diz Justine. Ela está quase feliz com a possibilidade de a Terra acabar. Claire não. Claire é pura ansiedade e desespero.

Fica claro que von Trier compartilha muito mais a visão de Justine do que a de Claire. Eu já disse antes, e esse não é um pensamento só meu: tenho a impressão de que o diretor odeia a raça humana. Ou, se não odeia, considera a maldade inerente ao ser humano (vide Dogville, talvez o melhor filme já feito sobre o assunto). Pois surpresa! Pela primeira vez na carreira, o dinamarquês parece demonstrar alguma simpatia com seus colegas terrestres. Ele não transforma Claire em uma coitada. Ele sente pena dela. Ele parece realmente sentir ao menos uma melancolia (sem trocadilhos) quando aborda o fim do mundo. É o mais perto que ele já chegou de abraçar o espectador. Peraí: sair confortado de um filme de Lars von Trier? É por aí.



Melancolia tem um dos nomes mais apropriados dos últimos tempos. Não quer destruir o espectador. Quer mostrar que até mesmo o fim pode ser sereno, e belo. Os cinco minutos iniciais, com várias cenas do fim do mundo, são a coisa mais bonita que von Trier já filmou. O que não muda no cinema do diretor é a capacidade de extrair atuações brilhantes de suas atrizes. Kirsten Dunst é uma maravilha de sutilezas, mudanças sutis. O olhar da atriz diz tudo em vários momentos. Pode estar brilhante no início da festa, e cheio de amargura no meio da história. Já na primeira cena, quando seu rosto triste enche a tela, o impacto está garantido. É uma atuação poderosa, a melhor de uma carreira (e me fazendo pagar língua, já que eu tinha dito o mesmo sobre Maria Antonieta).

Talvez no futuro as pessoas se refiram a Melancolia como um "filme menor" do diretor - por não ser o soco no estômago que vários outros filmes dele são. Pra mim, está entre suas melhores obras. É fascinante. Nunca o fim do mundo foi tão bonito de se ver.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Amor a Toda Prova (Crazy, Stupid, Love.)



Amor a Toda Prova segue o caminho inverso da maioria das comédias românticas: começa desconjuntado, meio sem noção, parece que vai seguir assim mas vai se ajeitando. As peças vão se encaixando e o filme vai ficando mais divertido e mais doce. E os 15 minutos finais - geralmente o pior trecho das comédias românticas - estão entre as melhores partes do filme.

No início temos um casal (Steve Carell e Julianne Moore) em crise. Ela quer o divórcio. Ele sai de casa e passa as noites choramingando em um bar. Lá, o womanizer - ou devo dizer cafajeste mesmo? - Jacob (Ryan Gosling), aparentemente com dó do recém-separado, decide ajudá-lo a "recuperar sua masculinidade". Sério? Uma versão 2011 de Hitch - Conselheiro Amoroso? (o restante do filme revelará que não)

Em meio a isso, temos o filho do casal apaixonado pela babá; Julianne Moore às voltas com o colega de trabalho Kevin Bacon; e Emma Stone, que aparece no início do filme, some por um tempão e depois retorna. Claro que essas narrativas todas vão se encontrar, mas antes disso o filme parece uma espécie de Frankenstein das comédias românticas. As coisas são meio desconexas, estranhas, mas nunca enfadonhas - graças principalmente ao elenco afiado, e a um roteiro que surpreende.



Temos aquelas coincidências absurdas que só acontecem nesse tipo de filme, mas quando elas são reveladas o resultado é hilário. Temos um discurso (ai!), mas ele é bastante fofo. E, acima de tudo, temos um elenco irrepreensível, com destaque para Steve Carell. A transformação de seu personagem em Don Juan poderia ser absurda se estivesse nas mãos de um ator menos capaz. Mas Carell nunca deixa a máscara de conquistador dominar o personagem: lá no fundo está sempre o mesmo cara inseguro, sincero ao extremo e apaixonado pela mulher. Ryan Gosling se diverte de montão fazendo Jacob, um personagem inédito em sua carreira. E Emma Stone, mesmo num papel pequeno, transforma sua personagem numa mulher apaixonante e interessante.

Amor a Toda Prova é um sucesso porque consegue fazer as duas coisas que toda comédia romântica deveria fazer: rir e emocionar. Seja com uma tremenda briga, seja com pequenos detalhes (a risada gigante de Julianne Moore; um aperto carinhoso no nariz de Emma Stone; o olhar apaixonado de Steve Carell ao ver a esposa pela janela). Não é um filme perfeito, mas me conquistou com toda a sua esquisitice.