sábado, 3 de outubro de 2009

Jogando com Prazer (Spread)



Seja honesto: se você foi ver ou está pensando em ver Jogando com Prazer, é bem provável que esteja afim de conferir os atributos físicos do molecão Ashton Kutcher. Eu mesmo só animei de ver o filme depois que me disseram que o derrière do ator merecia ser apreciado na tela grande. Pois então, aos curiosos de plantão, eu digo: nesse quesito, Kutcher não decepciona. Fica boa parte do filme sem camisa, e ainda exibe mais em várias cenas de sexo. Como diria O Rappa, valeu a pena. Ê, ê.

O filme em si não é ruim. É óbvio o envolvimento de Kutcher também como produtor executivo: seu personagem, Nikki (oi?), passeia modelitos metrossexuais - alguns bem duvidosos, na minha opinião - enquanto joga charme pra todas as mulheres que encontra e come a maioria delas. Claro, com o decorrer da história ele vai aprender algumas lições e descobrir que a beleza não pode tudo. Mas não vai ser nada de cortar o coração. O filme é leve e esquecível, um suflezão de Kutcher que entretém durante uma hora e 40. Mas só.

Nikki parece ser uma versão exagerada daquilo que Kutcher parece ser: um garotão lindo e imaturo. Quando o personagem diz, logo no início do filme, "Eu sou irresistível. Fato.", é de gargalhar porque eu imagino que o próprio ator se sinta assim. Não sou eu que vou criticá-lo; se eu fosse bonito como ele talvez fosse fútil também. Sei lá. Mas, ao ver o Sr. Demi Moore andando pra lá e pra cá de lindos suspensórios e jeans com a barra dobrada, fiquei pensando na diferença entre alguém atraente e alguém sexy de verdade. Kutcher tem a aparência, tem o corpo sensacional, tem o beicinho e a cara de quem quer colo. Mas ele não é um sedutor. Ele não tem um
charme verdadeiro. Ele pode te fazer derreter numa primeira transa, mas não vai te dar vontade de tomar café da manhã com ele. É um exemplar plasticamente magnífico do velho fuck and run. Mesmo tendo mais de um milhão de seguidores no Twitter.