terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os melhores filmes de 2011


20 >> Bellflower
É difícil resumir a história de Bellflower. Dois amigos apaixonados por Mad Max, carros e explosões. Uma mulher. Um relacionamento. O fim do relacionamento. O desespero que se segue. Seria um filme convencional, não fossem os elementos que citei no início: carros. Explosões. O diretor/roteirista/ator/muy hermoso Evan Glodell transforma as metáforas do fim de um namoro em imagens reais. Fúria, decepção, traição e desespero viram crimes, sangue, tragédias apocalípticas. É fascinante, mas também emocionante - porque toda a primeira parte, dedicada ao romance, é cativante. Seria Bellflower um romance sobre o fim do mundo? Um suspense apocalíptico? Só por essa dificuldade em enquadrar o filme, dá pra ver que estamos diante de um dos filmes mais originais do ano. Impossível ficar indiferente.


19 >> Submarino
Thomas Vinterberg nunca fugiu da tristeza em seus filmes. Basta lembrar de todos os acontecimentos chocantes de Festa de Família, ou o casal em fuga de Dogma do Amor. Mas em Submarino a tristeza é grave, solene, melancólica. Os irmãos protagonistas vivenciam uma tragédia ainda bem pequenos; essa tragédia vai influenciar o resto de suas vidas. Vinterberg mostra as vidas dos irmãos primeiro de forma separada, depois unida. E se o diretor apresenta momentos consideráveis de apatia, depressão e até felicidade aqui e ali, quando a violência surge ela é realmente chocante. Pode até ser que no fim das contas a história não conte nada de novo, mas o impacto é profundo. E, naqueles últimos momentos, com um pequeno flashback, Submarino me deixou completamente arrasado.


18 >> Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol)
O ano estava quase acabando quando estreou este novo Missão Impossível. Essa é uma série que nunca convenceu muito, né? Pois deixe para Brad Bird, diretor de Ratatouille e Os Incríveis, fazer o que nem Brian dePalma conseguiu: criar um Missão Impossível fenomenal. O histórico do diretor com a animação é evidente, e de fazer pular na cadeira de alegria: algumas cenas de ação poderiam estar num desenho do Pernalonga; e o coitado do Tom Cruise toma tanta pancada na cabeça que me lembrou o Coiote Coió. Mas não é só isso: essa é a equipe mais azeitada de toda a série: além de Cruise, Simon Pegg, Paula Patton e Jeremy Renner estão excelentes. A ação é fantástica. As parafernálias da equipe são de babar. E o filme é realmente engraçado. Em resumo, é o pacote completo. Presentão de ano novo!


17 >> O Futuro (The Future)
Ah, Miranda July. Você é tão original, tão simpática, tão inteligente. Por que tantas pessoas te odeiam? Será porque você colocou um gato pra narrar seu filme? Será porque você enche sua obra de pequenos toques peculiares, mas que são considerados irritantes por parte dos espectadores? Enfim. Fico feliz por te amar. Tudo bem que O Futuro não é a obra-prima que é Eu, Você e Todos Nós, o filme anterior de July, mas a diretora novamente criou uma obra muito específica. Tchau, otimismo e fé no amor; oi, desilusão. Ao decidirem tirar um mês pra fazer o que sempre tiveram vontade, os protagonistas Sophie e Jason mostram que, infelizmente, a vida não é simples assim. E que a auto-sabotagem é quase inerente ao ser humano. E que um gato pode ser um dos personagens mais tristes do ano. E que, amando ou odiando, Miranda July é realmente única.


16 >> Meia-Noite em Paris (Midnight in Paris)
Lembro que, quando Meia-Noite em Paris estreou, algumas pessoas acusaram o filme de ser "menor", "bobo", uma comédia leve e ponto. Queria que essas pessoas me mostrassem quantos outros filmes conseguem o efeito que Woody Allen conseguiu, ao menos na sessão em que eu estava: uma plateia inteira feliz e alegre ao final da sessão. Faltaram somente as palmas. E isso com muito estofo, pois quem diz que Meia-Noite em Paris é vazio não entendeu nada. O filme é Woody Allen dizendo a todo mundo: aproveitem o presente. O passado pode ser legal e lindo, mas já foi. Não dá pra viver nele. Onde estamos agora é o que importa. E chega dessa história de comeback de Woody; ele nunca se foi. E, quem diria, foi em Owen Wilson que o diretor encontrou seu melhor alter-ego dos últimos tempos.


15 >> Contra o Tempo (Source Code)
Dá pra dizer que 2011 foi o ano da "ficção do amor"? Pelo menos dois filmes nessa lista podem ser classificados assim. Contra o Tempo tem uma ideiazinha muito da bacana e não comete o pecado de esticar muito sua história. É somente uma hora e meia de tensão, romance e tristeza, não necessariamente nessa ordem. O diretor Duncan Jones e o escritor Ben Ripley pegam uma premissa pertinente a todos - E se você pudesse reviver algum momento do passado, o que mudaria? - e exploram vários sentimentos que vêm atrelados a essa ideia. O protagonista Colter Stevens tem que impedir uma bomba de ser detonada, mas ele também vivencia arrependimento, frustração, alegria. Até concordo com quem diz que o filme poderia terminar 5 minutos antes, mas na verdade não importa. Aquela cena em que o tempo para - e a felicidade fica eterna - segue sendo um daqueles momentos mágicos que só o cinema pode oferecer.


14 >> Rango
O filme já começa bem antes mesmo de ser visto: não foi feito em 3D. Viva! Essa é apenas a primeira prova de que o diretor Gore Verbinski, famoso pelos Piratas do Caribe, não quis trilhar nenhum caminho fácil na sua primeira animação. E não trilhou mesmo! Rango é um faroeste, talvez o gênero mais divisivo de todos. Além disso, os personagens são lagartos, ratos, cobras e afins - e eles não são fofinhos. Esse é, aliás, o aspecto mais impressionante de Rango: o esmero no desenho dos personagens é fascinante. Cada escama, cada pêlo, é tudo incrível. Não é só a melhor animação de 2011; é também a animação de visual mais impressionante em um bom tempo (mais até que Toy Story 3). Como se não bastasse, a história em si - um híbrido de Chinatown e Era Uma Vez no Oeste - é de deixar qualquer cinéfilo apaixonado.


13 >> Bravura Indômita (True Grit)
E olha aí o melhor faroeste do ano - tão bom que conquistou muita gente que não curte o gênero. E estamos falando de um faroeste clássico, mas sob o prisma bem peculiar dos irmãos Coen. Não vi o original com John Wayne, mas duvido muito que tenha tantos personagens carismáticos como esta refilmagem. Até o vilão é "gostável"! O elenco está todo em estado de graça; é até difícil escolher um destaque entre Jeff Bridges, Matt Damon e Josh Brolin. Mas a alma e o coração do filme residem mesmo na novata Hailee Steinfeld, brilhante na sua resolução de vingança. Hailee nunca se faz de fofa; sua Mattie é uma alma adulta no meio de um monte de adultos com poucos escrúpulos. Os irmãos Coen não se esquecem do humor negro característico de suas obras, mas aqui ele surge de forma esparsa. O que importa é a justiça. E assim eles realizam seu melhor filme desde Onde os Fracos Não Têm Vez.


12 >> Hanna
O fato de Hanna ter saído direto em DVD no Brasil é um pecado. O filme é uma maravilha de audiovisual: cenários inusitados e fascinantes, uma câmera que não para quieta nos momentos mais agitados, e uma trilha sonora inspirada a cargo da dupla Chemical Brothers. E quem está por trás dessa jovialidade toda? Joe Wright, o responsável pelos inglesíssimos Orgulho e Preconceito e Desejo e Reparação. Após o tolo O Solista, Joe precisava mesmo mostrar que consegue dirigir uma história contemporânea. E não é que o diretor sambou na cara de todo mundo que duvidava dele? Um híbrido dos filmes de Jason Bourne com Kill Bill, Hanna tem ação, comédia e drama, e um elenco de dar inveja. Olivia Williams, Jessica Barden, Tom Hollander, Eric Bana e a musa Cate Blanchett parecem se divertir a rodo. Mas é mesmo Saoirse Ronan, no papel-título, que mostra mais uma vez porque é a atriz "mirim" mais versátil em atividade. Tem algo que ela não consiga fazer?


11 >> A Pele que Habito (La Piel que Habito)
Tenho uma relação estranha com Almodóvar. Não consigo gostar de Fale com Ela, um dos filmes mais celebrados do diretor; dos mais recentes, o único que acho empolgante é Volver. Pra mim o auge do espanhol aconteceu há muito tempo. Mas então Pedrito resolve flertar com o terror e lança essa maravilha chamada A Pele que Habito. O filme une o melhor das duas fases do diretor: é elegante, adulto e sóbrio como suas obras mais recentes; mas também tem boas doses de escracho e alguns temas presentes nos seus primeiros filmes. A Pele que Habito vai e volta no tempo e nunca deixa a peteca cair - pelo contrário. Tudo vai ficando mais intrigante e ousado, resultando no que a revista inglesa Empire definiu muito bem: "the year's classiest horror movie". E no último momento, no último mesmo, o diretor dá a um personagem o grito de liberdade mais emocionante do ano.


10 >> Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)
Olha aí a outra "ficção do amor" a aparecer nesta lista. Já digo de cara: nenhum casal em 2011 foi mais carismático, ou teve mais química, do que Matt Damon e Emily Blunt. O primeiro encontro dos dois, no banheiro masculino, merece entrar em qualquer antologia do romance no cinema. É um daqueles casais que faz a plateia torcer verdadeiramente para que fiquem juntos, mesmo que para isso seja preciso desafiar todo o futuro. E Agentes do Destino apresenta uma questão pertinente a todo mundo: você abdicaria do amor da sua vida se soubesse que, separados, vocês realizariam todos seus desejos profissionais? E se o futuro indicasse que esse grande amor traria mais alegrias ao mundo se não estivesse ao seu lado? Agentes do Destino comove e provoca tensão enquanto escolhe uma resposta para essa pergunta difícil.


09 >> Sobrenatural (Insidious)
Outra coisa pra dizer de cara: sim, eu sei que a parte final de Sobrenatural não está no mesmo nível que o resto do filme. Poderia ser muito mais tenso. Mas poxa, francamente: o que veio antes é o que importa! E o que vem antes é disparado o filme mais assustador de 2011. A partir de uma ideia totalmente genérica, James Wan e Leigh Whannell exibem novamente o talento à mostra no primeiro Jogos Mortais e provocam alguns dos maiores sustos que tomei na minha vida. Uma das melhores diversões cinematográficas do ano foi relembrar com amigos os momentos mais impactantes: o vulto dançando dentro de casa; o ser dentro do quarto do bebê; o flashback em preto-e-branco; e, é claro, AQUELA cena que nem o trailer conseguiu estragar. Sobrenatural rendeu nos EUA mais de 30 vezes o que custou; com certeza é o sucesso mais merecido do ano.


08 >> Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole)
Um dos meus sub-sub-sub-gêneros favoritos é filme-com-famílias-se-desintegrando. Entre Quatro Paredes, Tempestade de Gelo, Pecados Íntimos, todos eles estão entre meus filmes preferidos. Reencontrando a Felicidade é mais um filme a abordar um casal lidando com a perda trágica de um filho. E o que torna o filme especial? A honestidade, principalmente. Ao mesmo tempo em que (é claro) nos comovemos com o casal Nicole Kidman e Aaron Eckhart, o filme não foge de diálogos cortantes e amargos. A Becca de Nicole não aceita ser uma mãe que sofre silenciosamente. Ela atira farpas e rojões até mesmo pra mãe, que também tem um histórico de perdas. E ainda assim o filme não deixa o espectador soterrado sob o peso de uma tonelada de depressão. "Somewhere out there I'm having a good time", diz Becca. É essa improvável mistura de tristeza e esperança que Reencontrando a Felicidade alcança.


07 >> Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids)
Não existe gênero mais difícil do que comédia. Cada pessoa ri de uma coisa diferente, e mais de uma vez já me vi numa sessão em que todo mundo gargalhava, menos eu (exemplo? Se Beber Não Case). Então imaginem o meu alívio, e minha alegria, quando comecei a rir alucinadamente nesse Bridesmaids (o título original é mais curto), e não parei nem com os créditos finais. Mesmo a cena que me dava medo por antecipação - a que envolve fluidos corporais - é tão insana que não resisti. Kristen Wiig, estrela e roteirista, é uma verdadeira instituição da comédia: a cena em que ela é obrigada a engolir uma amêndoa deveria passar no Oscar. Mas o filme não seria tão bom se ela não estivesse rodeada de coadjuvantes igualmente sensacionais, passando por Rose Byrne (em sua segunda aparição nessa lista e na melhor atuação de sua carreira) e pelo fofíssimo Chris O'Dowd. Bridesmaids foi direto pra minha lista de filmes mais engraçados que já vi.


06 >> Incêndios (Incendies)
Aqui está: the feel bad movie of the year. Sabe a tonelada de depressão citada em Reencontrando a Felicidade? É arremessada na cabeça de todo mundo que assiste Incêndios. Trafegando entre o Canadá e o Oriente Médio, o diretor Denis Villeneuve não perdoa o espectador e faz sua protagonista Nawal sofrer como se estivesse num filme do Lars von Trier. Mas aqui não há alegoria alguma, nem crítica aos EUA: é tudo real, na lata. O casal de irmãos que deseja entender os últimos desejos da mãe, morta recentemente, acaba descobrindo uma vida tristíssima de que nem suspeitavam. No papel principal, Lubna Azabal é um pilar de estoicismo - o seu olhar à beira de uma piscina, quando ela descobre uma revelação chocante, é um dos grandes momentos do cinema em 2011. Impossível ficar indiferente a Incêndios.


05 >> Melancolia (Melancholia)
Olha o homem aí. Existe diretor em atividade atualmente que pareça odiar mais a humanidade que Lars von Trier? Não há filme em que o diretor não despeje suas opiniões deprimentes sobre o ser humano. Pois eis que neste Melancolia, o filme que ele fez durante uma depressão, o diretor pela primeira vez demonstre certa simpatia pela humanidade. Claro, ele faz isso do modo mais "vontrierzístico" possível: destruindo a Terra. Mas é justamente ao retratar o fim do mundo que o dinamarquês parece querer abraçar seus personagens. A Justine de Kirsten Dunst, que começa o filme luminosa, chega à metade arrasada e vai ficando cada vez mais serena à medida que o planeta Melancolia se aproxima. Kirsten, aliás, é dona de uma interpretação magnífica em suas sutilezas. O resultado disso tudo é desconcertante e hipnótico - tanto que foi um dos únicos dois filmes em 2011 que vi duas vezes no cinema.


04 >> Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes)
Quando este Planeta dos Macacos foi chegando ao clímax - um confronto entre macacos e humanos num dos cartões-postais mais famosos de San Francisco -, lembro de ter pensado: "cinema foi feito pra isso". Porque sensações como as que esse filme provoca só podem ser fornecidas pelos melhores filmes de aventura: níveis estratosféricos de tensão, comoção e maravilhamento. E chamar essa obra-prima de "filme de aventura" é muito pouco: a saga do macaco Caesar é tão incrível que fica difícil escrever sobre ela. Após o desastroso filme de Tim Burton, tudo que o mundo não precisava era mais um filme sobre os macacos. Mas num ano recheado de Thor, Capitão América, X-Men e outros super-heróis, Caesar botou todos no bolso fácil. E Andy Serkis acrescentou mais um personagem à sua galeria de criações impressionantes, como Gollum e King Kong.


03 >> Toda Forma de Amor (Beginners)
Toda Forma de Amor tem vários "truquezinhos" (por assim dizer) bem típicos dos filmes independentes norte-americanos; começa, por exemplo, com uma série de imagens silenciosas retratando uma casa vazia. Mas antes que a gente possa pensar, "Ih, já vi isso antes", o diretor e roteirista Mike Mills já conquistou toda e qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade. Ele conta com um Christopher Plummer em estado de graça, no papel do viúvo que assume para o filho ser gay; Ewan McGregor, no papel do filho, está melhor do que nunca; Mélanie Laurent é adorável como o interesse amoroso de Ewan. E tem Arthur, o cachorro que basta aparecer na tela para me fazer abrir um sorriso de doer as bochechas. Toda Forma de Amor não tem ambição quase nenhuma. Mas tem tanto amor pelos seus personagens e por sua história que se torna o filme mais amoroso do ano. Ao final, meu coração estava com o triplo do tamanho.


02 >> Cisne Negro (Black Swan)
Em matéria de comoção não tem pra ninguém: Cisne Negro é *O* filme de 2011. Nenhuma outra obra foi tão vista, tão comentada, tão admirada. E todo o reconhecimento é merecido. Em seu quinto filme, Darren Aronofsky mistura elementos de obras anteriores - a edição frenética e os efeitos sonoros de Réquiem para um Sonho; a câmera na mão de O Lutador - e o resultado é verdadeiramente único. A trajetória da obcecada Nina é um pesadelo em tons de rosa, preto e branco; em determinados momentos a coisa toda é tão absurda que dá vontade de gargalhar de nervosismo. Pode-se dizer que Cisne Negro é um melodrama de suspense com toques de terror. E tem uma meia hora final absolutamente inesquecível. A transformação de Nina no Cisne Negro é mesmerizante, brilhante, e mais outros 20 adjetivos. Se eu tivesse mais desprendimento teria levantado e aplaudido ao final da sessão. Vontade não faltou.


01 >> Não Me Abandone Jamais (Never Let Me Go)
Filmes baseados em livros sempre são algo complicado. Deve-se ler o livro antes, ou ver o filme antes? Se eu ler antes, não são maiores as chances de ficar decepcionado? Eu acredito nisso. Prefiro ver o filme primeiro. Mas no caso de Não me Abandone Jamais isso não foi possível - já li o livro há alguns anos (e depois reli, e reli). É um dos meus livros favoritos de todos os tempos. Dá pra imaginar minha ansiedade com essa adaptação cinematográfica. Pois Mark Romanek e Alex Garland, diretor e roteirista, conseguiram. É tudo tão bem feito e escolhido que é um assombro: desde a fotografia, toda em tons desmaiados, sem nenhuma cor forte, até o trio principal absolutamente perfeito (os papéis parecem ter sido moldados para Carey Mulligan, Andrew Garfield e Keira Knightley). O filme consegue capturar a absurda tristeza da história, que lida com uma das questões mais desoladoras que consigo pensar: a de que o ser humano tem um destino imutável. De que nada do que você fizer fará seu futuro ser diferente. Se eu paro pra pensar nisso, Não me Abandone Jamais se torna o filme mais triste que já vi.




Listas anteriores:
Os melhores filmes de 2010

Os melhores filmes de 2009

Os melhores filmes de 2008