segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cinco filmes que quero muito ver

Os filmes listados abaixo estão para estrear ou acabaram de estrear nos Estados Unidos. No geral são filmes mais alternativos, embora Drive, por exemplo, tenha tido um lançamento grande lá fora. De qualquer forma, são cinco obras que me deixam bastante curioso. Seja pelo elenco, seja pelo diretor, seja por uma junção de fatores.


Your Sister's Sister
Por quê? O filme anterior da diretora Lynn Shelton, Humpday, tem uma premissa absurda: dois amigos heteros decidem, numa noite de bebedeira, fazer um filme pornô gay. Com eles mesmos atuando. O resultado é um filme surpreendentemente honesto e comovente sobre relacionamentos, amizade, e o que fazemos com a nossa vida. Agora a diretora mistura duas irmãs (Emily Blunt e Rosemarie DeWitt), uma delas lésbica, e o cunhado de uma delas, que acaba tendo um caso com... a lésbica. As críticas do Festival de Toronto aplaudiram os diálogos, em sua maioria improvisados pela diretora e pelos atores. E além da sempre ótima Emily Blunt, tem Rosemarie DeWitt, que me seduziu por completo em O Casamento de Rachel (além de ter uma participação marcante em Mad Men). Tô na fila já (do cinema ou do torrent, já que provavelmente esse filme nunca passará nos cinemas brasileiros).

The Guard
Por quê? O diretor, John Michael McDonagh, é irmão de Martin McDonagh - responsável pelo hilário e surpreendente Na Mira do Chefe (In Bruges). Esse The Guard, pelo que eu li, parece compartilhar um humor negro similar. Além disso, temos Brendan Gleeson - aquele tipo de ator que é sempre excelente no que faz, e nunca é o protagonista - no papel principal, acompanhado do super confiável Don Cheadle. Como se não bastasse, esse foi o único filme a ganhar cinco estrelas numa edição recente da Empire (revista inglesa de cinema, e pra mim a melhor da atualidade).


Drive
Por quê? De acordo com a maior parte da humanidade que já viu, este é "o filme cool do ano". Cool no melhor dos sentidos, claro. Aparentemente o diretor Nicolas Winding Refn recriou todo aquele clima de adoração de carros dos anos 80, criou para Ryan Gosling uma espécie de super-herói da vida real e temperou a obra com várias explosões espetaculares de violência. Adicione a isso duas musas (Carey Mulligan e Christina Hendricks), um prêmio de melhor direção em Cannes e demonstrações explícitas de carinho entre diretor e astro e pronto: estou super ansioso. Sobre o que é o filme? Não sei direito, e estou achando divertido não saber! Sei apenas que Gosling faz um dublê de cenas de perseguição de carros. Não parece o tipo de filme pelo qual Tarantino baba loucamente?

Shame
Por quê? O tema me atrai, e muito: compulsão sexual. Michael Fassbender (excelente como Magneto no mais recente X-Men) acaba de ganhar um prêmio de Melhor Ator em Veneza pela sua performance. Carey Mulligan (de novo) faz sua irmã, que aparece do nada para morar com ele. Um dos meus sites de cinema favoritos, o Rope of Silicon, disse que o filme deixa o espectador em pedaços. Ele chega a dizer que Mulligan está melhor ainda do que em Educação. Deve ser aquele tipo de filme forte demais pra Academia, mas que figura em qualquer lista respeitável de melhores do ano.


50/50
Por quê? Em primeiro lugar e antes de tudo: Joseph Gordon-Levitt. Ele é dos poucos atores da atualidade em quem confio totalmente. Vejo qualquer coisa que ele fizer. Mesmo G.I. Joe (que ele ainda defende em entrevistas, dizendo que adorou fazer) eu achei bem divertido. Joseph é fenomenal, como comprovam suas atuações em 500 Dias com Ela e Mistérios da Carne. Aqui ele faz um jovem que acaba de descobrir que tem câncer, com 50% de chance de cura (daí o título). Quem viu disse que a obra arranca tantas gargalhadas quanto lágrimas; e se tem uma coisa que a série The Big C provou é que câncer pode sim render muita comédia. O elenco de apoio conta com Seth Rogen e Anna Kendrick (que eu não curto muito), mas Joseph é Joseph. Será que finalmente sai a tão merecida indicação ao Oscar?

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