quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Gigantes de Aço (Real Steel)



Uma das qualidades de Gigantes de Aço é que, logo de cara, o filme já diz ao espectador se ele vai ou não gostar do que vai assistir. Temos uma arena de rodeio, Hugh Jackman, e um duelo entre um touro bravio e um robô. A ideia é tão absurda que ou você acha ridículo ou pensa, "Esse filme vai ser uma pândega!". Eu fui com a segunda opção.

Gigantes de Aço é uma espécie de atualização daquele tipo de filme trash que o Stallone fazia nos anos 80, sobre um cara durão que descobre que tem um filho e acaba amolecido pela fofura da criança. Aqui acontece a mesma coisa, mas com todo o carisma de Hugh Jackman e o talento do garoto Dakota Goyo, que é fofo na medida certa (e tem o entusiasmo infantil na medida certa também). E os efeitos especiais dos robôs são muito bons.

A gente já sabe tudo que vai acontecer, e o filme tem um monte de clichês pra fazer o espectador ficar emocionado/passar raiva/gritar YES!. Mas se tudo isso é divertido e bem feito, qual o problema? E algumas coisas são tão absurdas que adicionam charme sem noção ao filme: o brutamontes Charlie (Jackman) chega a vender o filho! Alô, Central do Brasil!

Com um duelo final que traz Rocky para o campo dos filmes de ficção, Gigantes de Aço é uma grata surpresa. Mas deixe o gosto refinado de lado. O que é servido aqui é um bom pratão de arroz, tropeiro e batata frita. E se algum torresmo a princípio tem um aspecto duvidoso, pode comer que é delícia. Você não gosta de torresmo? Sai daqui!

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