sábado, 2 de agosto de 2008

Estamos bem mesmo sem você (Anche Libero Va Bene, 2006)



Um pai e um casal de filhos desestabilizados com a instabilidade da mãe, que sai de casa, some e volta, arrependida. Mais de uma vez. O pai que trata mal os filhos sem saber, descarregando neles a raiva pelo sumiço da mulher. Será mesmo que toda a culpa do comportamento do pai é mesmo a mãe que vai e volta? E o comportamento aparentemente estóico do jovem Tommi, será que quer dizer realmente que ele tem uma cabeça "boa para uma criança"?

Não, o comportamento da mãe não justifica as ações do pai. Não justifica os ataques de raiva contra o menino. Nem justifica dizer coisas como "Você não é meu filho". Como fica bem claro na cena do camelo, quando a família está toda reunida, o pai é escroto mesmo quando deveria estar feliz. O filme não deixa claro quais as consequências que Tommi vai enfrentar, vivendo nesse ambiente depressivo (e deprimente). Mas a cena final deixa muito claro: mesmo que a mãe tenha um comportamento nada exemplar, ninguém trata Tommi tão bem como ela. E o fato de ela não estar presente é devastador para Tommi, e devastador para quem assiste.

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