quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Amor à Distância (Going The Distance, 2010)



Finalmente uma comédia romântica sem a maior parte dos clichês ridículos que assolam o gênero. Finalmente uma comédia romântica em que o ponto de vista masculino merece o mesmo espaço dado ao ponto de vista feminino. Finalmente uma comédia romântica que parece, pelo menos para os padrões de Hollywood, real.

O tema aqui é um relacionamento à distância. Eu, quase como um expert no assunto (estou no meu terceiro namoro desse tipo, esperando transformá-lo logo logo em um namoro "não-à-distância"), identifiquei-me com várias passagens divertidas: o troca-troca insano de mensagens pelo telefone; tentativas de sexo à distância; a saudade de sempre. E fiquei imensamente feliz pelo fato de o filme não recorrer a ideias batidas: não, os dois namorados não cedem à tentação de trair pra depois rolar o arrependimento (e muito drama pro filme), por exemplo. E não existe um(a) antagonista tentando destruir a relação. Alívio!

Amor à Distância está longe de ser memorável, mas é um oásis no meio do deserto que são as comédias românticas mais recentes. É refrescante também o fato de o filme não fugir de detalhes sexuais que, normalmente, não são sequer mencionados em outras obras similares ("A minha gorjeta é o seu pênis?"). Acrescente a isso os talentos naturais para a comédia de Drew Barrymore (e sua adorável cara de pato) e Justin Long (que está ficando cada vez mais gostosinho), e temos um raro caso de comédia romântica que os homens, e os cinéfilos mais chatinhos como eu, podem assistir sem medo.

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